terça-feira, 1 de maio de 2012

das cartas

Acho que há muito não tive a oportunidade de escrever algo que valesse. Não que agora eu vá escrever algo que o valha, mas tentarei. Tentarei porque acho que tenho a necessidade.

Depois do período de experiência mal sucedido, posso enfim, sossegar um pouco. Tomar um ares, pensar em coisas. pensar têm sido difícil, inclusive. Pensar tem sido extremamente doloroso.

E foi num desses pensamentos estranhos que me veio à mente, assim de repente, uma pergunta no mínimo estranha: será que as cartas que damos a alguém são, necessariamente dessas pessoas? Falo isso porque tive uma imensa vontade de postar as cartas que já ganhei. Cartas que me foram bonitas, feias, reveladoras. Mas que tinham uma história.


Tentei me lembrar de cada história por cada de cada carta. O Fernando Pessoa dizia que as cartas de amor são ridículas. Achei esse comentário idiota. (vejo uma pedra me acertando em 5...4...3...). Diga-me, qual a razão delas serem ridículas se elas demonstram o que nos é mais bonito? 

Recebi algumas cartas de amor, algumas cartas de ódio, de desculpas. Algumas cartas apenas de comemorações, que não deixavam - de novo - de serem de amor. O amor é um daqueles lugares-comuns que não saem dos temas de uma carta. Estão sempre ali, a fazer presença, a nos fazer chorar quando simplesmente precisamos recordar.

Reli algumas delas como se as tivesse recebido. Foi bonito. Achei que deviam saber.