terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

terror noturno 2

quando ainda tenho meus pesadelos recorrentes - ainda, sempre, toda vez- espero o abraço de alguém fazendo o choro passar. e quando eu mesma tenho de acalmar, quando eu mesma tenho de lembrar que, se não for por mim, os gritos ainda hão de continuar, há um desespero que me parte a alma.

me parte a alma tudo o que tá acontecendo. me parte a alma ainda ter pena de mim. me parte a alma mudar meus planos quando não fui nem eu mesma quem acabou com eles. doença, maldita doença. família. maldita família.

eu sei que, mesmo você não me vendo - ou mesmo você não me lendo -, ainda continuo fazendo parte da sua vida. paciência para você, paciência para mim. o que me dói - e acho que haverá de doer por muito tempo - é ver você se acabar quando eu o vi tão completo. é ver que nem sempre quem o gerou é do bem. e, principalmente, ver que eu tentei de tudo e foi em vão. tentar de tudo e mesmo assim não ter o retorno é simplesmente frustrante. estou frustrada.

continuo com meus pesadelos permeados de insônia. não sei até quando. não sei se quero viver tudo isso de novo. mas, enquanto isso, encaro meus pesadelos. os que você deixou e os que não me deixam dormir. na verdade, acho que eles são os mesmos.

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