domingo, 26 de julho de 2015

Até, Mel

A Mel chegou lá em casa com 21 dias, mal sabia andar. Nasceu no dia 12 de dezembro de 2001, no Bujari, Acre. Foi presente de uma prima veterinária, que agora também virou médica de gente.

A gente deu carinho, e a salsichinha soube dar em troca. Latia alto, era ciumenta, gorda e gostava de chamar a atenção.

Mel sempre foi bem tratada e tratou bem ; foi defendida quando os vizinhos reclamavam e defendeu quando um carro barulhento passava. Não entendia as lágrimas que rolavam nos donos certas vezes; mas preferia estar lá pra ver o que ia acontecer.  

Minha cachorrinha me deixou na última quinta-feira, aos 13 anos e pouquinho. Velhinha. Me dói. Parece que arrancaram um pedaço do meu coração e toda vez que penso meus olhos doem. Mas aí eu lembro de quando aquela cadela comeu todo o frango que a mãe tava descongelado, deixando só a cabeça do bicho; ou quando comia ratos. Sim, suas tendências carnívoras e caçadoras são interessantes. Mas, mais interessante mesmo, foi aquela vez que ela, já velhinha, teve que passar por uma cirurgia e, depois de 12 horas, já tava correndo. Mel ficou porque sabia que eu não ia aguentar, à época. Agora, ela tinha certeza que eu seria forte. E eu serei. Estou tentando, embora seja duro.

Obrigada, Mel. Obrigada por me ensinar a ser feliz e a rir e a chorar. E a amar algo que não te responde pela primeira vez. Obrigada por me amar. Sou grata. Até q próxima.

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