quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

da menina que escrevia

Ela escrevia, o tempo todo. Parecia não acabar assunto, mesmo quando não se tinha nada a dizer. Sempre tinha algo a dizer.

Sua infância não fora fácil. Não, nunca lhe havia faltado nada, pelo menos não economicamente. Mas, com exceção de um ou dois amigos, sua vida não era de todo completa. Até conhecer os livros, seus eternos companheiros.

Era uma Matilda da vida real. Lia muito, escrevia muito, e em muitas línguas. Aos treze já tinha feito seu primeiro livro, aos quinze já era reconhecida internacionalmente. Aos dezoito, bom, aos dezoito estava apenas começando a faculdade.

Seus cabelos lisos pareciam seda. Marcavam-lhe o rosto redondo e chamavam atenção à sua boca em formato de coração. Aos outros, era uma garota comum. Mas sabia, em seu íntimo, que não o era.

E vivia assim. Escondida em seu próprio corpo. E para conhecê-la melhor, para vê-la de perto... Bom, nunca poderia conhecê-la por completo.

*essa garota existe e é a minha melhor amiga, desde os 16.


Um comentário:

  1. Que lindo, amiga!!! Nunca escreveram nada sobre mim! Adorei ver como vc me ver! lindo, lindo! Te amo, muleh!

    Ps.: tenho de dizer que vc me fez soar muito mais interessante do que sou kkkkk valeu!

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