quinta-feira, 27 de outubro de 2011

no meu tempo...

ela sentia saudade. não sabia o quanto, não sabia o máximo, só sabia que estava muito apaixonada, a ponto de beber. imagine eu, beber? nunca bebi na minha vida. então, o que eu estou fazendo com esse copo de vodca aqui do meu lado?

ele era de todo lindo, mais novo, incrivelmente mais novo. imagine uma balzaquiana apaixonada por um surfista. não existe, não tem cabimento. mas ele, ele a encantava de todas as formas. no meu tempo eu não era tão esperta. ele é muito mais inteligente que eu? meu Deus, será que estou ficando burra? depois dos 30?

ela não passava, como já disse anteriormente, de uma balzaquiana. cabelos curtos, compridos. adorava seus cabelos, era o que tinha de melhor. pelo menos era o que ela achava.

você mora longe. não quero me prender a você, adeus.

Ela tomou mais um gole, e seguiu. o que fazer? esses jovens de hoje em dia... no meu tempo....

Nenhum comentário:

Postar um comentário