terça-feira, 13 de setembro de 2011

das recordações


ela pensava de quando em quando no que tinham passado. desde o começo ao fim. fim, sempre o fim. aquele que a gente nunca espera, mas que sempre chega.

ela lembrou daquela vez que eles cantaram "um elefante incomoda muita gente" até o número 50. de quando fez tanto frio na cidade que eles brincavam de soltar fumaça. "-é uma reação entre o ar quente e o ar frio". "-eu sei, sandoval, eu sei!". Ele sempre pensava que era mais inteligente que ela. e ela acreditava.

teve aquela vez que eles foram ao velório da vizinha dela. "-eleanor, nosso primeiro evento social é um velório" e riram na frente dos outros.

depois de tanto relembrar, ela percebeu que não sentia saudade de nada... pela primeira vez, fez questão de rir. agradecia a presença que ele teve, mas agora, agora já não era nada. e ser nada às vezes é tudo

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